2019 Tendências de business intelligence
Empresas abordam a adoção de análises com mais inteligência
O que acontece quando os líderes se concentram menos na adoção e mais no engajamento?
Muitas iniciativas de business intelligence têm datas bem definidas de início e fim, e não é incomum que sejam consideradas “concluídas” após o lançamento para os usuários. No entanto, o conceito de adoção não envolve apenas dar acesso a soluções de business intelligence. Diretores de dados estão reavaliando de que maneira a adoção do BI integra uma mudança estratégica rumo à modernização, já que o valor real não é medido pela solução implantada, mas sim pelo uso que a força de trabalho faz da solução para impactar a empresa.
Na verdade, supor que todos estejam se beneficiando de uma plataforma de BI só por terem acesso a ela pode até inibir o progresso com as análises. Segundo Josh Parenteau, diretor de inteligência de mercado da Tableau, medir o retorno sobre o investimento com base no número de licenças “pode depreciar o aprendizado, o crescimento e a possibilidade de ter mais sucesso”. Em vez de enfocarem a adoção por si só, os líderes estão buscando entender se os dados e as análises realmente mudaram a forma de tomar decisões em toda a empresa. Por exemplo, tirar a plataforma de BI dos funcionários afetaria a maneira como eles tomam decisões cotidianas?
Da mesma forma que baixar um aplicativo no celular não significa que você vai usá-lo, abrir um relatório uma vez por mês não significa que isso resultará em ações concretas ou terá efeitos práticos. Os líderes têm avaliado programas que incentivem o envolvimento, como grupos de usuários e comunidades internas. Esses programas antes considerados triviais passarão a ser fundamentais na estratégia de BI da organização, ajudando o usuário a progredir com mais rapidez, a trabalhar com o autoatendimento e a obter respostas para suas perguntas em menos tempo. A adoção vem como consequência, impulsionando os líderes a aumentar o investimento e a ajudar as comunidades a crescer.
Liderada pela TI, a equipe do centro de excelência da JPMorgan Chase (JPMC) usou esse modelo para integrar milhares de analistas e aumentar sua comunidade de usuários. A organização fez sessões de um dia inteiro, referidas como “sessões de terapia de dados” por Steven Hittle, vice-presidente e líder de inovação de BI, para compartilhar práticas recomendadas de governança e visualização de dados. Essas sessões foram apenas uma das muitas atividades visando estimular o envolvimento e a conversa entre funções e departamentos que ajudaram a JPMC a escalonar sua plataforma de BI moderna para mais de 30.000 pessoas.
Enquanto essas comunidades internas preparam os funcionários para lidar com uma plataforma de BI, as organizações podem começar a delegar responsabilidades de análise e criar usuários defensores. Por sua vez, essas medidas vão reduzir a tarefa árdua de manutenção e geração de relatórios, que tradicionalmente ficava sob responsabilidade do departamento de TI. Mais defensores internos vão surgir, agindo como especialistas que compartilham as práticas recomendadas e alinham as pessoas às definições de dados. Inevitavelmente, todos esses movimentos levarão ao aumento do número de pessoas que usam e aproveitam de verdade o software de BI. Sua força de trabalho ficará mais eficiente e a organização será mais competitiva. No fim das contas, isso é o que mais importa.