Muito estudado nas últimas décadas, o conceito de Inteligência Artificial (IA) está promovendo inovações verdadeiramente disruptivas nas empresas, que impactam diretamente não só suas cadeias produtivas, como também o nosso cotidiano. Dispositivos de Inteligência Artificial já são capazes de realizar tarefas jamais imaginadas, como prever enchentes, diagnosticar doenças ou possibilitar nossa mobilidade por meio de carros autônomos que dispensam motoristas.
O que é a Inteligência Artificial e como ela funciona?
A Inteligência Artificial é a capacidade que soluções tecnológicas têm de simular a inteligência humana, realizando determinadas atividades de maneira autônoma e aprendendo por si mesmas, graças ao processamento de um grande volume de dados que recebem de seus usuários.
Mas como funciona a Inteligência Artificial? Essas máquinas inteligentes combinam grandes volumes de dados, alimentados constantemente por humanos, e algoritmos inteligentes para ler e interpretar padrões. Isso faz com que o seu processo de aprendizado e, consequentemente, de ensino, seja muito eficiente.
Os três tipos de IA
Não existe um tipo único de Inteligência Artificial, já que as ferramentas são muitas, com diferentes graus de sofisticação. Para facilitar a compreensão, a IA é dividida em três diferentes subáreas, de acordo com as funções que é capaz de desempenhar. Apesar de apresentarem classificações que muitas vezes se sobrepõem, os principais tipos de Inteligência Artificial são: Inteligência Artificial Limitada, ou ANI – a que mais usamos; Inteligência Artificial Geral, ou AGI – com inteligência similar à do ser humano; e a Superinteligência, ou ASI, que ainda se encontra em fase de estudos e promete revolucionar o nosso cotidiano.
Inteligência Artificial Fraca ou IA Limitada
O primeiro tipo de IA é a Inteligência Artificial Limitada, ou ANI, que é conhecida como “IA fraca” (em inglês, “Weak AI”) ou ainda “Inteligência Artificial Estreita”. São máquinas que armazenam grande volume de dados para fazer cálculos e desempenhar suas tarefas específicas. Elas estão presentes no reconhecimento facial ou no sistema de atendimento de uma empresa, personificado por meio de um chatbot.
Inteligência Artificial Forte ou IA Geral
A subárea IA Geral, ou AGI, é considerada a “Inteligência Artificial Forte” (do inglês, “Strong AI”), ou “nível humano”, e trabalha de maneira semelhante ao ser humano, podendo reagir a estímulos. São aplicações que executam uma variedade de tarefas e têm a habilidade de atribuir estados mentais a si mesmas ou a humanos.
Superinteligência Artificial
A terceira subárea é a da Superinteligência Artificial, ou ASI (do inglês, “Artificial Superintelligence”), ainda em fase de estudos. A previsão é que sua inteligência seja superior à humana, capaz de realizar tarefas impossíveis aos seres humanos. É nesta subárea da Inteligência Artificial que se concentra grande parte de suas profecias controversas, como a de chegarmos à imortalidade ou de um mundo dominado por máquinas.
Produtos ou Serviços
Mas é nas empresas onde a revolução da IA já está acontecendo, com suas aplicações sendo utilizadas para impulsionar os resultados, o aumento da produtividade e a economia de tempo. A IA é utilizada nas mais diversas áreas e ajuda profissionais de gestão a mapear processos. Muito utilizados nos sistemas de atendimento ao cliente, os chatbots são um bom exemplo de como a Inteligência Artificial já faz parte do cotidiano de grande parte das pessoas e ajuda as empresas a criar produtos e serviços alinhados com as expectativas dos consumidores.
Exemplos de aplicação da Inteligência Artificial no cotidiano
O uso da Inteligência Artificial no nosso dia a dia vai muito além dos chatbots. No mercado financeiro são diversas as aplicações, como a avaliação de indicadores para a tomada de decisões ou análise de dados para a concessão de crédito. O planejamento de marketing de muitas empresas também conta com a IA para mapear tendências, comportamentos e oportunidades de lançamento de novos produtos.
IA na saúde e medicina
Nos últimos anos, a medicina tem se beneficiado enormemente da Inteligência Artificial, impactando a rotina de profissionais de saúde e pacientes. A IA é usada, por exemplo, para priorizar filas de atendimento e analisar uma quantidade enorme de dados clínicos que humanos não conseguem processar. Ela também é usada em soluções voltadas à interoperabilidade e até mesmo em cirurgias feitas por robôs, sem a interação direta do médico, que fica apenas responsável pela supervisão do procedimento.
IA nas áreas de direito e advocacia
A tecnologia certamente trará uma década de muitos avanços que transformarão nosso sistema judiciário, permitindo que mais indivíduos tenham acesso à Justiça. Imagine o quanto custa hoje, em tempo e dinheiro, um processo litigioso.
A aplicação da IA possibilitará a coleta e organização de informações e dará aos advogados a possibilidade de tomarem decisões com a ajuda e a rapidez de processamento das máquinas que, por sua vez, poderão tomar uma decisão de forma autônoma, sem que haja necessidade de intervenção humana no procedimento.
Selecionamos oito exemplos de utilização da Inteligência Artificial que já estão impactando a nossa vida.
Impactos da Inteligência Artificial na sociedade
Nós já estamos vivendo em um mundo onde as máquinas podem fazer coisas que antes somente nós humanos éramos capazes de fazer. Em alguns casos, esses sistemas não humanos podem realizar melhor determinadas tarefas que nós mesmos.
Os impactos da Inteligência Artificial na sociedade são enormes: ela já pode mimetizar a fala humana, traduzir línguas, redigir contratos de maneira mais veloz e eficiente e até mesmo ganhar uma partida de xadrez de um ser humano. E essa tecnologia não vai parar por aí...
Impactos da IA no cotidiano das pessoas
Imagine que, na área da educação, o uso da Inteligência Artificial vai permitir que um aluno possa estudar em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora. E de maneira muito mais eficiente, pois os conteúdos serão disponibilizados de acordo com as necessidades individuais de aprendizado.
A IA também está mudando o nosso entretenimento. Especificamente na música, há pouco tempo foi apresentado um software que cria, segundo alguns parâmetros, músicas personalizadas de acordo com o pedido e o sentimento dos usuários.
E em tempos de pandemia, graças à sua alta capacidade de análise e processamento de dados, a IA está ajudando a área da saúde a diagnosticar, tratar e conter a disseminação da COVID-19.
Impactos da IA na economia e no mercado financeiro
O setor financeiro tem confiado cada vez mais nessa tecnologia para alavancar investimentos, influenciar a tomada de decisões e otimizar seus processos.
Alguns exemplos do uso da Inteligência Artificial no mercado financeiro são a utilização do machine learning para a análise de risco e previsões do risco de falência, retornos e lucros. Para fundos de investimentos, a IA ajuda na criação de portfólio e análise de sentimentos das notícias do mercado. No caso do trading, são usados robôs com parâmetros pré-definidos para operar a compra e venda de ativos.
Impactos da IA nas empresas e nos negócios
A Inteligência Artificial nos negócios também tem se mostrado bastante eficiente para o enfretamento da crise. Seja na indústria ou no varejo, empresas que criaram e processaram dados de maneira proativa puderam aumentar os seus lucros operacionais. As empresas que entraram na pandemia apoiadas em bases de dados foram capazes de entender melhor as mudanças do mercado e crescer no ambiente digital-first, por meio de novos produtos, serviços e modelos de negócios considerados relevantes para seus clientes.
Impactos da IA nos empregos e no mercado de trabalho
Um dos temas mais polêmicos relacionados a essa tecnologia é o impacto da Inteligência Artificial no mercado de trabalho. Algumas previsões indicam riscos de substituições em massa de muitos postos de trabalho e outras pregam os efeitos positivos com a criação de novas ocupações. Apesar das opiniões controversas, a IA demandará a requalificação dos trabalhadores e as ocupações mais suscetíveis serão aquelas que têm como base tarefas de rotina, sejam elas físicas ou cognitivas.
Como e quando surgiu a Inteligência Artificial?
Mas afinal, quando surgiu a Inteligência Artificial? A história da IA tem diversos personagens, todos com a vontade de desenvolver uma máquina que tivesse a capacidade de pensar e agir como um ser humano.
Um dos mais célebres personagens foi Alan Turing. Em 1950, ele publicou um estudo focado exclusivamente em Inteligência Artificial, propondo que não era correto especular se as máquinas poderiam pensar, mas sim se elas poderiam se comportar como humanos.
Logo depois, o conceito de IA começou a ser reconhecido e membros da comunidade científica da época formalizaram um termo na conferência de Dartmouth, com a missão de desenvolver máquinas inteligentes.
O que se pode esperar da IA no futuro?
As perspectivas sobre a utilização da Inteligência Artificial no futuro não param de surpreender. Em breve, estima-se que todos os eletrodomésticos se comunicarão conosco: geladeiras estarão conectadas ao mercado do bairro para que nunca falte o que você deseja, enquanto monitores conectados ao seu corpo acompanharão a sua saúde e dispensarão os tradicionais exames de rotina. É a chamada Internet das Coisas.
O mais impressionante é que parece não haver limites para o futuro da IA: as máquinas continuarão aprendendo com os dados que são fornecidos, não por programadores, mas por bilhões de pessoas ao redor do planeta.
Qual a importância da IA para o mundo de hoje?
Na mesma velocidade que cresce o uso da IA pela sociedade como um todo, aumenta a necessidade do controle sobre o poder de manuseio de um enorme volume de dados, que traz grandes responsabilidades.
Em contrapartida, a importância da Inteligência Artificial nos dias de hoje fica evidente quando vemos empresas utilizando essa tecnologia para eliminar o preconceito, explicando as decisões tomadas por sua tecnologia e assumindo a responsabilidade quando ela for desonesta. O senso comum entre especialistas do mundo inteiro é de que a IA deve ser conduzida de maneira responsável e não apenas rápida.
Quais as principais vantagens e desvantagens da Inteligência Artificial?
Agora é importante falarmos das vantagens e desvantagens da Inteligência Artificial. Não há como negar que a IA ajuda nos processos operacionais de muitas empresas que necessitam de maior produtividade e facilita muito o cotidiano do cidadão comum.
Mas, embora o uso da IA ofereça todos esses benefícios, muitos se questionam sobre seus malefícios, como os fatores éticos relacionados à utilização de tantos dados. Outra preocupação está associada às oportunidades de emprego: como manter os postos de trabalho se é possível otimizar processos e realizar tarefas sem a necessidade da intervenção humana?
Quais os principais desafios éticos e morais envolvendo a IA?
O maior risco associado ao uso da Inteligência Artificial está relacionado à possibilidade de uma máquina falhar. Esta preocupação parece trivial se a tarefa for um jogo de xadrez, mas é alarmante se considerarmos, por exemplo, um carro autônomo. Nesse caso, uma falha pode ser fatal.
A rápida ascensão da IA e o seu uso generalizado também geram preocupações com a privacidade, pois os sistemas dependem de grandes quantidades de dados que, hipoteticamente, podem estar expostos ao roubo.
O homem deve ter medo da inteligência artificial?
Entretanto, pensamentos catastróficos vão ainda mais longe. Muitos acreditam que a IA apresenta um perigo real para a humanidade e que ela pode vir a dominar o mundo no futuro. A crença é de que as máquinas possam desenvolver uma inteligência superior à dos homens, a chamada superinteligência, o que representaria um problema. Mas essa teoria parece ir por água abaixo quando consideramos que a Inteligência Artificial é muito especializada em determinados tipos de tarefas e não tem a mesma versatilidade dos humanos, que desenvolvem uma compreensão do mundo ao longo dos anos que nenhuma IA alcançou.
Qual a relação entre a IA e a Internet das Coisas (IoT)?
Internet das Coisas (do inglês, IoT ou Internet of Things) é, ao lado de IA e Big Data, um dos termos mais usados quando o tema é inovação. A IoT nada mais é do que uma alusão a tecnologias que conectam utensílios simples, que usamos no nosso cotidiano, à rede de computadores, como aplicativos de automação de residências, carros ou até mesmo um ar-condicionado conectado a uma rede wi-fi.
A Inteligência Artificial, com seus softwares cada dia mais sofisticados, terá papel de protagonista ao assumir cada vez mais as ações humanas, que serão disponibilizadas em dispositivos por meio da Internet das Coisas.
Qual a relação entre Big Data e IA?
O outro termo bastante citado, Big Data, é a principal fonte para a Inteligência Artificial. O Big Data agrupa uma imensa quantidade de dados digitais disponíveis na rede e permite a criação de modelos que analisam o comportamento e a dinâmica de sistemas e interações. Esses dados derivam não só da rotina de navegação de consumidores, como também do histórico digital traçado muitas vezes de maneira inconsciente.
Qual a diferença entre Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning?
Há outros dois conceitos que regem a IA atualmente: o machine learning e o deep learning.
O conceito de machine learning trabalha com a ideia de que o software possa, por meio de algoritmos, captar dados, interpretá-los e tomar decisões. No entanto, existem limitações quanto a essa capacidade de interpretar dados.
Devido a essa limitação, surgiu a ciência do deep learning: subárea do machine learning, que propõe que o computador tenha redes maiores e mais eficientes, passando por um processo de triagem de dados mais sofisticada. Por conta disso, a máquina é capaz de encontrar praticamente todos os padrões possíveis.
O que é o Processamento de Linguagem Natural (PLN) no contexto da IA?
Mesmo com os avanços da relação entre o homem e a máquina, a comunicação via linguagem natural continua sendo um desafio. O Processamento de Linguagem Natural (PLN) é a subárea da Inteligência Artificial que estuda a capacidade e as limitações de uma máquina de entender a linguagem dos seres humanos. O objetivo principal do PLN é aprimorar a capacidade das máquinas de entender e criar textos.
Como criar uma Inteligência Artificial do zero?
Com tantos detalhes a serem pensados e níveis de inteligência, criar um dispositivo desses requer tempo, estudo e grandes investimentos. Para programar uma Inteligência Artificial é necessário desenvolver um software que aplique técnicas de machine learning para realizar uma determinada tarefa. Se o problema for algo mais comum, o desenvolvedor poderá escolher ferramentas prontas. Se for mais complexo, o mais indicado é o desenvolvimento de uma IA própria e, para isso, será necessária uma equipe de programadores especializados.
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